Repensando a escola

Economistas descobriram que, quanto mais altas as pontuações de um país em testes acadêmicos, mais rápido cresce seu PIB. Isso coloca as pontuações medianas recorrentes dos Estados Unidos em uma perspectiva especialmente preocupante. O progresso está acontecendo, diz Childress, da Fundação Gates, mas no ritmo em que mesmo os sistemas escolares mais engajados estão melhorando, levará 80 anos para alcançar o nível atual da China. Novas abordagens, como tecnologia personalizada, vídeos online e inovações que combinam softwares com programas em sala de aula, podem ser as ferramentas revolucionárias de que os estudantes americanos precisam para melhorar significativamente mais rápido.

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Professores de Harvard discutem como gerenciar distritos escolares urbanos

Um dos maiores desafios de gestão em qualquer lugar é como melhorar o desempenho dos estudantes nas escolas públicas urbanas dos Estados Unidos. Não faltam propostas de solução: encontrar ótimos diretores e dar a eles poder; criar mercados competitivos com escolas charter, vouchers e opções de escolha; estabelecer escolas menores para garantir que os alunos recebam atenção suficiente — e a lista continua. Embora essas abordagens tenham gerado mudanças positivas em escolas individuais, nenhuma conseguiu produzir um único sistema escolar urbano de alto desempenho. Neste artigo, os autores, membros do Projeto de Liderança em Educação Pública da Universidade de Harvard (PELP, do inglês Public Education Leadership Project), explicam o porquê.

Uma das razões, segundo eles, é que educadores, pesquisadores e formuladores de políticas veem o escritório distrital, que supervisiona todas as escolas de um distrito, como parte do problema, em vez de um elemento crucial da solução — e isso é um erro. O escritório do distrito (regional) tem um papel importante no desenvolvimento de estratégias, na identificação e disseminação de boas práticas, no fortalecimento da liderança em todos os níveis, na construção de sistemas de informação para monitorar o progresso dos estudantes e na responsabilização pelos resultados.

Os autores desse artigo propõem uma estrutura holística que os líderes distritais podem usar para desenvolver uma estratégia de melhoria e construir organizações coerentes para implementá-la. Essa estrutura é baseada em três crenças. Primeiro, os sistemas escolares precisam de seus próprios modelos de gestão; eles não podem simplesmente importar modelos do mundo dos negócios. Segundo, o “cliente” é o estudante; portanto, os distritos urbanos devem focar na melhoria do ensino e da aprendizagem em todas as salas de aula de todas as escolas. Terceiro, os líderes distritais devem projetar suas organizações de modo que todos os componentes — cultura, sistemas e estruturas, recursos e mecanismos de gestão de partes interessadas e do ambiente externo — se reforcem mutuamente e sustentem a implementação da estratégia em todas as escolas.

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O que a segmentação psicológica pode fazer

A segmentação psicológica — prática de influenciar o comportamento das pessoas a partir da análise de seus rastros digitais, identificação de traços de personalidade e personalização de mensagens — tem gerado controvérsias. Por ter sido usada de forma inadequada para tentar influenciar votos em eleições recentes, alguns a retratam como uma ferramenta de lavagem cerebral. Mas isso é simplesmente um mito, explica Sandra Matz, uma das maiores especialistas no assunto (e que ajudou a revelar o caso nas eleições nos EUA). A segmentação psicológica não consegue mudar mentes de forma radical, diz ela. No entanto, os profissionais de marketing podem usá-la para modificar opiniões e atitudes, gerar demanda onde antes não havia e interagir com os consumidores de maneira muito mais personalizada. Neste artigo, ela descreve como as empresas podem aplicá-la de forma a gerar o máximo valor tanto para elas quanto para seus clientes — respeitando princípios éticos fundamentais.

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O poder das palavras

Quatro novos livros investigam como a linguagem nos conecta, nos diferencia e nos ilumina.

The Power of Language, de Viorica Marian, explora os benefícios do multilinguismo. Pessoas multilíngues, por exemplo, têm melhor desempenho em tarefas que exigem funções executivas e conseguem fazer mais conexões originais.

Em A Myriad of Tongues, o autor Caleb Everett observa que existem hoje mais de 7.000 idiomas. E, embora os estudiosos tradicionalmente buscassem semelhanças entre os idiomas, pesquisas mais recentes têm se concentrado em como os idiomas divergem — e no que essas diferenças podem nos ensinar.

Um terceiro livro, Magic Words, do professor da Wharton Jonah Berger, examina como palavras específicas podem ter um impacto desproporcional, tornando-as mais eficazes para mudar mentes e corações ou impulsionar transformações.

Em contraste, STFU, de Dan Lyons, lembra aos leitores que, às vezes, não dizer nada é a melhor abordagem. “Todos nós”, ele escreve, “temos a ganhar falando menos, ouvindo mais e nos comunicando com intenção.” Seu livro oferece conselhos sobre como fazer isso, seja online, no trabalho ou em casa.

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Introdução ao livro Naming and Necessity

Autor: Saul A. Kripke

O livro O Nomear e a Necessidade (Naming and Necessity) é uma obra da Filosofia da linguagem do filósofo americano Saul Aaron Kripke. Este livro é constituído por um conjunto de três palestras, proferidas sem qualquer suporte escrito, no início de 1970 na Universidade de Princeton, quando Saul Kripke tinha apenas 29 anos. Desde a publicação de sua versão original (publicada em 1972 e 1980), “Nomeação e Necessidade” tem tido grande e crescente influência.

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As novas regras da presença executiva

Na última década, devida à instabilidade política e econômica, a emergência sanitária de 2020, a movimentos sociais e às mudanças nas tecnologias do ambiente de trabalho, as expectativas em relação aos líderes evoluíram. A presença executiva (EP, do inglês executive presence) é geralmente percebida como composta por três elementos, em ordem decrescente de importância: gravitas, comunicação eficaz e aparência adequada. A pesquisa mais recente do autor mostra que, embora confiança e assertividade ainda sejam fundamentais para a gravitas, a formação acadêmica e profissional perdeu relevância, enquanto a inclusão e o respeito pelos outros ganharam mais peso.  Continuar lendo As novas regras da presença executiva