Toda equipe precisa de um Super-Facilitador

A maioria de nós já conheceu super-facilitadores — pessoas com talento para unir membros de um grupo, combinando as forças únicas de cada um para promover o desempenho ideal da equipe. Super-facilitadores integram diferentes tipos de conhecimento, incentivam contribuições equilibradas e cultivam a confiança entre colegas, gerando inteligência coletiva — a capacidade de um grupo resolver problemas em conjunto. Neste artigo, o psicólogo de Stanford Jamil Zaki apresenta novas pesquisas, destacando descobertas-chave sobre super-facilitadores, inteligência coletiva e desempenho de equipes. Ao usar o astro da NBA Chris Paul como exemplo, Zaki descreve como super-facilitadores promovem a colaboração bem-sucedida por meio de três pilares:

  1. sintonia, utilizando percepção e empatia para elevar o desempenho do time;
  2. comunicação, orientando companheiros mais jovens e transmitindo confiança nas capacidades dos colegas; e
  3. distribuição, garantindo que todos contribuam.

Felizmente, acrescenta Zaki, ser um super-facilitador não é apenas uma característica inata, mas uma habilidade que pode ser desenvolvida. Ele oferece um guia prático para aplicar esses princípios, incluindo táticas como identificar e valorizar os pontos fortes de cada pessoa, comunicar sua confiança nos outros e incluir todos nas discussões. Com essas práticas, qualquer um pode aproveitar o poder das forças individuais para criar uma equipe de alto desempenho.

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O ato final do fundador da empresa

À medida que se aproximam da aposentadoria, os fundadores de empresas enfrentam uma escolha crítica: quem será o próximo dono do negócio? Essa decisão terá repercussões por muitos anos, afetando não apenas eles e suas famílias, mas também todas as pessoas cujas vidas são impactadas pela empresa. Embora possa consolidar ou desfazer o legado de um empreendedor, muitos proprietários adiam ou evitam tomá-la. Mais adiante, isso pode gerar enormes consequências tributárias, brigas familiares e instabilidade que podem prejudicar ou até destruir o negócio.

Este artigo descreve um processo estruturado que os empreendedores podem seguir para escolher quem assumirá a empresa depois deles, baseando-se nas experiências dos fundadores da Patagonia, John Lewis, Vanguard, Rolex e outros. O primeiro passo é pensar nos resultados que você deseja para si mesmo, sua família, seus funcionários, seus parceiros de negócios e sua comunidade — e priorizá-los. Depois vem a exploração das opções possíveis: transferir o negócio para familiares; abrir o capital ou vendê-lo a investidores; entregá-lo aos funcionários ou clientes; ou doá-lo para uma instituição de caridade. Cada uma dessas escolhas tem pontos fortes e fracos, por isso é necessário avaliar como elas se alinham às suas prioridades. Em algum momento será preciso tomar a decisão, mas antes é recomendável elaborar um plano detalhado que possa ser ajustado conforme necessário.

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Escolhendo o CEO certo para tempos voláteis

Em um mundo cada vez mais imprevisível, os conselhos frequentemente enfrentam dificuldades para planejar sucessões de CEO. Muitos não querem trocar de capitão em meio à tempestade e outros preferem jogar pelo “seguro”, contratando o candidato mais experiente possível — e mantendo o CEO em saída em outras funções. Mas essas abordagens podem ser arriscadas e contraproducentes, afirmam três consultores cuja equipe na Spencer Stuart estudou extensivamente transições de CEO em grandes índices acionários dos Estados Unidos e da Europa. O que mais importa nos CEOs de hoje não é a profundidade, mas a variedade de suas experiências, especialmente em mudança organizacional, fracasso e recuperação. Se os conselhos contratam alguém sem familiaridade com esses desafios, expõem as empresas a três fatores de risco que podem corroer sua competitividade: manuais de gestão rígidos, calcificação cultural e mandatos mais curtos. Neste artigo, os autores explicam por que esses fatores são tão problemáticos e descrevem como as organizações podem transformar o momento da escolha do CEO em uma vantagem estratégica, equilibrando risco e recompensa, praticando um planejamento sucessório contínuo e revisando seus critérios de seleção.

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Por que você precisa do Systems Thinking (Pensamento Sistêmico)

As abordagens tradicionais de inovação — como a inovação disruptiva e o design thinking — muitas vezes ignoram os complexos efeitos em cadeia que produzem em sistemas interconectados. Em um mundo que enfrenta desafios multifacetados, como as mudanças climáticas e a sustentabilidade, o pensamento sistêmico (Systems Thinking) oferece um caminho mais resiliente e holístico. Ele enfatiza a compreensão das interdependências, a redefinição contínua dos problemas e o engajamento de diferentes partes interessadas na cocriação de soluções. Este artigo apresenta um modelo em quatro etapas:

  1. definir o estado futuro desejado;
  2. reformular os problemas de modo que ressoem entre os diversos atores envolvidos;
  3. focar em fluxos e relacionamentos em vez de produtos isolados; e
  4. implementar pequenos incentivos que gradualmente transformem o sistema.

Exemplos da Maple Leaf Foods, da Co-operators Insurance e do CSA Group ilustram como essa abordagem pode realinhar modelos de negócios para a sustentabilidade de longo prazo. Embora não substitua outros métodos de inovação, o pensamento sistêmico corrige suas limitações ao lidar com “problemas perversos”. Ele incentiva as empresas a antecipar consequências não intencionais, formar coalizões e conduzir transformações de forma adaptativa em ambientes complexos.

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Como a IA está redefinindo os papéis gerenciais

A Inteligência Artificial libera os gerentes intermediários da constante coordenação de projetos. Faz menos de três anos desde que a OpenAI lançou o ChatGPT, mas a tecnologia já começou a transformar o ambiente de trabalho. Tarefas que antes consumiam grande parte dos dias de muitos funcionários agora podem ser feitas de forma mais rápida — e, em alguns casos, automaticamente, redefinindo os papéis gerenciais.

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O modelo de trabalho híbrido ainda não está funcionando

Um número crescente de evidências mostra que os arranjos de trabalho híbrido ou remoto levam a um desempenho geral mais baixo. Muitas empresas, no entanto, não têm a opção de trazer os funcionários de volta ao local de trabalho, por diversos motivos: elas não possuem mais espaço físico suficiente para acomodar todos, seus funcionários agora estão dispersos geograficamente, ou temem uma rebelião por parte de talentos difíceis de substituir. Mas poucos líderes nessas situações enfrentaram uma realidade fundamental: não é possível gerenciar funcionários remotos e híbridos com os mesmos métodos usados quando todos estavam juntos no escritório. Recriar a cooperação e a colaboração que acontecem naturalmente no ambiente presencial exige novas regras e procedimentos para o dia a dia — além de restrições a certas práticas atuais.

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Você deve ser capaz de resumir sua estratégia em uma única visualização clara

Por que investidores respondem positivamente a algumas apresentações de CEOs, mas não a outras? Em uma análise de 654 apresentações sobre aquisições, dois professores identificaram um fator que se destacou: a inclusão de uma visualização convincente da justificativa estratégica para o negócio. Infelizmente, eles descobriram que a maioria das visualizações estratégicas não é projetada para causar impacto. Neste artigo, os professores explicam por que as visualizações são tão importantes para a comunicação da estratégia e descrevem como criar uma que conquiste a adesão de funcionários e investidores. Combinando insights de pesquisas sobre como o cérebro processa informações com seu estudo sobre apresentações de negócios e experimentos que testaram a reação das pessoas a diferentes abordagens visuais, eles identificaram cinco princípios de design fundamentais: agrupar ideias em três ou quatro conceitos principais, criar camadas com níveis crescentes de detalhe, usar cores e sombreamento apenas para distinguir as camadas, indicar uma sequência clara de relações entre os elementos e apresentar as informações horizontalmente.

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Como conselhos pioneiros estão usando IA

Poucos membros de conselhos reconhecem o potencial da inteligência artificial para ajudá-los a se preparar e participar de discussões substanciais, bem-informadas e estrategicamente focadas com a gestão e seus colegas de conselho. Foi isso que os autores descobriram ao conduzir grupos focais com mais de 50 presidentes, vice-presidentes e presidentes de comitês de empresas públicas e privadas na Europa, Ásia e América do Norte. A maioria dos membros reconhece prontamente o valor da IA como ferramenta de produtividade pessoal e reconhece seu papel crítico nas operações corporativas. Mas evitam usá-la para melhorar o desempenho do conselho. Isso é um erro. Este artigo explica como a IA pode contribuir para o trabalho dos conselhos ajudando membros individualmente, fornecendo melhor informação para todo o grupo e participando ativamente das discussões. Também examina riscos comuns associados à IA, como vazamento de informações e vieses de amostragem, e descreve como mitigá-los. Por fim, oferece um processo de aprendizado adaptativo baseado na prática para tornar a IA parte integral das deliberações no conselho. É responsabilidade dos presidentes de conselho promover o engajamento, coordenar a experimentação coletiva e manter o ritmo de progresso.

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O CEO da Kaspi.kz escreve sobre o design de um superApp essencial

Em 2007, a Kaspi era um banco sem presença online, lutando para sobreviver em meio à crise financeira global. Hoje é a plataforma mais usada no Cazaquistão para serviços financeiros e governamentais, pagamentos e comércio eletrônico. Como a Kaspi promoveu uma transformação tão drástica? Com foco inabalável em tornar tudo mais barato, rápido e conveniente para os clientes. No centro dessa missão esteve a decisão de criar um superapp, reunindo em um só lugar todos os serviços digitais necessários para gerenciar a vida das pessoas. Qualquer funcionário pode sugerir um novo produto ou recurso para o aplicativo, mas a Kaspi desenvolve apenas as ideias com maior potencial de melhorar a experiência diária do cliente. Além disso, a empresa é rigorosa na coleta de feedback detalhado dos usuários sobre o que gostam ou não, usando essas informações para aprimorar sistematicamente suas ofertas. Esse foco em qualidade e utilidade compensou: a Kaspi é a empresa de tecnologia com maior penetração e maior engajamento em seu mercado doméstico.

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Como digitalizar sua organização de vendas

Hoje, os clientes não querem apenas respostas informadas para suas dúvidas sobre produtos e serviços; eles querem soluções rápidas para suas necessidades técnicas específicas e problemas de negócios. Na Microsoft, onde os executivos de contas de vendas interagem com milhões de compradores de software todos os anos, as expectativas dos clientes em relação à equipe de vendas aumentaram drasticamente. No entanto, até recentemente, era difícil e às vezes impossível para os executivos de contas obterem uma visão completa das necessidades de cada cliente. Eles precisavam montar e sintetizar manualmente dados espalhados por várias unidades de negócios da Microsoft. Tempo e esforço eram desperdiçados, e as interações com os clientes eram prejudicadas. Confira nesse artigo da HBR os desafios enfrentados durante a digitalização de uma organização de vendas.

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