IBM

A IBM detém mais patentes do que qualquer outra empresa americana baseada em tecnologia e tem 15 laboratórios de pesquisa no mundo inteiro. A empresa possui cientistas, engenheiros, consultores e profissionais de vendas em mais de 150 países. Funcionários da IBM já ganharam cinco prêmios Nobel, quatro Prêmios Turing (conhecido como o Nobel da computação), dentre vários outros prêmios.

International Business Machines (IBM) é uma empresa dos Estados Unidos que possui entre suas principais vocações a informática. A empresa é uma das poucas da área de Tecnologia da Informação (TI) com uma história contínua que remonta ao século XIX.

logotipo ibm

A IBM fabrica e vende Hardware e Software, oferece serviços de infra-estrutura, serviços de hospedagem e serviços de consultoria nas áreas que vão desde computadores de grande porte até a nanotecnologia. Foi apelidada de “Big Blue” por adotar o azul como sua cor corporativa oficial. Com mais de 390 mil colaboradores em todo o mundo, a IBM é a maior empresa da área de TI no mundo.

Hoje em dia, os sistemas eletrônicos de processamento de dados têm fundamental importância nas atividades de exploração espacial, produção e aproveitamento de energia nuclear e em inúmeros outros campos da ciência e da indústria. Os computadores são vitais para que a vida, quer seja ela privada ou profissional, caminhe em direção ao futuro.

E a IBM, chamada carinhosamente pelos americanos de “BIG BLUE”, foi uma das principais responsáveis por isso tudo. Por isso hoje em dia conduz seus negócios com a finalidade de entregar ao mundo tecnologia que beneficie a população e ajude a resolver problemas da sociedade.

logomarca ibm 1924A história da IBM

Tudo começou no final do século XIX, nos Estados Unidos, quando o estatístico Herman Hollerith idealizou uma solução eficiente para acelerar o colhimento e organização de dados para o censo de 1890. Concebeu diversas máquinas elétricas para a soma e contagem de dados, os quais eram representados sob a forma de perfurações adequadamente distribuídas em fita de papel, que representavam cada informação registrada. Através dessas perfurações, estabeleciam-se circuitos elétricos e os dados que representavam podiam, então, ser computados de forma rápida e automática.

Com esse processo os Estados Unidos puderam acompanhar de perto o crescimento de sua população. Os resultados do censo foram fornecidos três anos depois e com isso, fez-se uma economia de vários anos de trabalho. Em 1896, ele criou a Tabulating Machine Company e introduziu inovações em sua descoberta. Assim, a fita de papel foi substituída por cartões, que viriam a ser o elemento básico das máquinas IBM de processamento de dados de algumas décadas atrás. No dia 16 de junho de 1911, duas outras empresas, a International Time Recording Co., de registradores mecânicos de tempo, e a Computing Scale Co., de instrumentos de aferição de peso, uniram-se a ela, por sugestão do negociante e banqueiro Charles R. Flint, formando-se então a Computing Tabulating Recording Company, conhecida pela sigla CTR.

Três anos mais tarde, Thomas J. Watson assumiu o caro de diretor-geral e estabeleceu normas de trabalho absolutamente inovadoras para a época. As constantes pesquisas de engenharia resultaram na criação e no aperfeiçoamento de novas máquinas de contabilidade, exigidas pelo rápido desenvolvimento industrial. Aquele pequeno grupo de homens havia aumentado e diversificado sua experiência.

Os produtos ganhavam maior qualidade, surgiram novas máquinas e com elas novos escritórios de vendas e mais vendedores. Em fevereiro de 1924 a CTR mudou seu nome para aquele que ocuparia um lugar de liderança dentro do processo tecnológico: INTERNATIONAL BUSINESS MACHINES.

A sigla IBM passou a ser, desde então, a fórmula para que a indústria e o comércio continuassem a resolver seus problemas de desenvolvimento. Em meados desta década, a IBM já controlava 85% do mercado de tabuladores e cartões perfurados.

A tecnologia não era a especialidade de Watson, mas sua abordagem de marketing e vendas trouxe o mantra “Think” (Pense) e uma nova e forte cultura empresarial. Ele desenvolveu um exército de vendas, reconhecido pelo terno azul e camisa branca, treinado com músicas de incentivo e pronto para convencer executivos de diversas indústrias a adotar sistemas de contabilidade mecânicos.

Watson também foi dos primeiros a incentivar a distribuição de bônus por desempenho e ainda prometia emprego vitalício, tendo até inventado um clube para os funcionários que estava á mais tempo na IBM.

Em conseqüência do constante e rápido desenvolvimento, a empresa criou em 1949 a IBM World Trade Corporation, uma subsidiária inteiramente independente, cujo objetivo era aumentar vendas, serviços e produção fora dos Estados Unidos.

Em 1981 introduziu no mercado o PC (Personal Computer) revolucionando o segmento da informática e que seria o principal responsável pela redefinição da vida moderna.

O computador pessoal, chamado de IBM 5150, estabeleceu um padrão que fez com que as máquinas passassem a ocupar os lares e as vidas das pessoas. A volumosa máquina, vendida ao preço base de US$ 1.565, tinha 64 quilobytes de memória que podiam ser atualizados.

A empresa tinha com estimativa que fossem vendidas 2.000 máquinas. Mas a cifra logo atingiu as centenas de milhões de unidades vendidas. Era o começo do sucesso da IBM. A partir de então, a Divisão de Computação Pessoal da IBM (desktops e notebooks) literalmente inventou a computação pessoal com inovações tais como a criação do primeiro notebook.

Porém, no ano de 1993, em conseqüência da revolução dos computadores pessoais e de sua estrutura organizacional ineficiente, a IBM somava prejuízos de US$ 16 bilhões e já tinha demitido mais de 175 mil pessoas. Suas ações caíram 50% em um ano e chegaram a míseros US$ 12.

Em abril, o executivo Lou Gerstner, insistentes convites, aceitou suceder a John Akers, assumindo o cargo de presidente. Sua missão: sanar a mais séria crise da história da IBM. Ex-consultor da McKinsey, diplomado em Harvard, ele tinha 50 anos e larga experiência em “consertar” empresas problemáticas, como havia feito com a American Express e a RJR Nabisco.

Ao chegar, descartou imediatamente a idéia de esquartejar a IBM e vender seus pedaços, o que era bastante comum na época. Em vez disso, fortaleceu a área de serviços, reconstruiu a cultura interna estraçalhada pela crise e apostou no fenômeno da Internet com a criação do conceito e-business, cunhado em 1997, para mostrar os vários caminhos que a rede mundial de computadores poderia ter, mudando o mundo dos negócios e a sociedade.

A campanha “e Business” foi introduzida no mercado no ano seguinte com um enorme sucesso e desde então o termo começou a ser utilizado como um verbete que significa “negócios on-line”. O executivo salvou a empresa e deu-lhe uma visão do futuro: a função de integradora de tecnologias e serviços para clientes corporativos cansados de lidar com dezenas de fornecedores conflitantes.

Ao longo dos últimos anos, a IBM transformou completamente seu modelo de negócio. O tipo de trabalho que a empresa pode realizar hoje é muito diferente do trabalho de alguns anos atrás. A IBM se desfez de várias atividades que já tinham se transformado em commodities, como os segmentos de PCs e Impressoras (vendidos em 2005 por US$ 1.75 bilhões para a chinesa Lenovo), e ampliou os investimentos em áreas-chave de alto valor, como consultoria, informação on Demand e serviços. Para se ter idéia desta transformação, há pouco mais de 15 anos, a IBM extraía 90% de sua receita de aparelhos e programas de computador e passava por uma séria crise. Hoje em dia, depois uma de uma revolucionária transformação, se transformou em um gigante do setor de serviços tão poderoso quanto muitos países do mundo, sendo líder na criação, desenvolvimento e manufatura das mais avançadas tecnologias de informação da indústria, incluindo sistemas de computadores, software, sistemas de rede, dispositivos de armazenamento e microeletrônica.

Embora “cem anos de inovação” seja parte importante do projeto de celebração do centenário da IBM, não é no passado que a empresa está se baseando para envolver todas as atividades de comemoração, que estão acontecendo em 2011. Watson, o supercomputador que venceu um ser humano na recentemente na série de rodadas do famoso programa americano de perguntas e respostas Jeopardy, é um bom exemplo.

computador ibm watson

Este supercomputador, desenvolvido durante quatro anos, agora será preparado para tornar-se um produto na linha comercial futura da empresa dentro de alguns anos e uma das aplicações será na área da saúde (health care), utilizando sua habilidade de responder e fazer perguntas para ajudar profissionais da medicina. A agenda do centenário foi batizada de “Celebration of Service” (Celebração do Serviço) que contempla uma série de iniciativas envolvendo comunidade, como por exemplo, colocar seus 400 mil funcionários no mundo todo fazendo diversos tipos de trabalho voluntário no mesmo dia. Vale a pena assistir o curta-metragem “100 x 100” (clique aqui), com cem anos de passado, contados por pessoas que nasceram em cada um desses anos. Outro filme, chamado “They Where There”, explora seis grandes momentos da humanidade em que a IBM esteve presente.

A sede mundial da IBM está localizada em Armonk, a 40 minutos de Manhattan, nos Estados Unidos. Além do Thomas Watson Research Center, o seu maior centro de pesquisa e que leva o sobrenome de seu fundador, o terreno de 4 milhões de metros quadrados (em grande parte uma reserva ecológica) abriga uma construção envidraçada esculpida em formas assimétricas. Lá ficam as salas da maioria de seus altos executivos. Por mais global que a empresa seja, é ali que pulsa o seu coração. Na entrada do edifício, três videogames são a primeira coisa com que se deparam os visitantes. Não, eles não foram feitos pela IBM. Mas dentro de cada um deles estão os símbolos de como a segunda maior empresa de tecnologia americana quer ser percebida no mundo – “A inovadora dos inovadores”, como diz seu novo slogan. Os chips, sim, estampam a marca IBM e são resultados de parcerias de tecnologia e experiências com a Sony, a Nintendo e até com sua concorrente, a Microsoft.

Os laboratórios da IBM

Um microscópio que enxerga um átomo e que revolucionou a compreensão da matéria. Um tipo de cerâmica usada em trens japoneses ultra-rápidos que não oferece resistência à passagem da eletricidade. Uma teoria que está ajudando a explicar matematicamente irregularidades existentes na natureza (de flocos de neves à formação das estrelas).

Cinco Prêmios Nobel. Laboratórios de pesquisa e recorde em registro de patente. Invenções, prêmios e infra-estruturas como essas são normalmente associadas a grandes universidades. Mas o microscópio de tunelamento, os materiais cerâmicos de alta condutividade e a geometria fractal saíram dos laboratórios da IBM. De suas linhas de produção saem dispositivos portáteis, soluções de comércio eletrônico e idéias. Muitas idéias. Anualmente a IBM injeta em seus laboratórios US$ 6.15 bilhões. Mas o que faz uma empresa investir tanto dinheiro em idéias e invenções que ainda podem demorar muito tempo para chegar ao cotidiano das pessoas e, conseqüentemente, começar a dar retorno financeiro? Além de lucro, o investimento em pesquisa traz capital intelectual para a empresa e aumenta sua competitividade (a IBM possui mais de 38.000 patentes). Uma boa parte desse investimento bilionário retorna para os cofres da empresa.

Os mais de 3.000 pesquisadores que trabalham para a IBM concentram seus esforços em áreas ligadas à tecnologia de computação: química, ciência da computação, engenharia elétrica, ciência dos materiais, ciências matemática e física. E nas chamadas “disciplinas cruzadas”. São campos de pesquisas que envolvem diversos setores da ciência, como a computação de grande porte (ramo que gerou o Deep Blue, supercomputador que bateu o campeão mundial de xadrez Garry Kasparov em uma partida), as tecnologias de monitores, os sistemas pessoais que simplificam o uso dos computadores e as tecnologias de semicondutores. Além dessas áreas, os cientistas de várias nacionalidades (inclusive brasileiros) ainda desenvolvem pesquisas em armazenamento de dados, servidores e sistemas integrados e design para VLSI (integração em escala muito grande), que estuda soluções para redes e computadores de grande capacidade. Hoje em dia a IBM possui 8 importantes centros de pesquisas espalhados por seis países.


Fonte: Exame.com, Wikipedia e canais das empresas citadas