Deve-se lançar produtos durante uma recessão?

Recessões econômicas são assustadoras. Os consumidores reduzem os gastos, as empresas cortam custos e todos aguardam ansiosamente a recuperação da economia. Em um cenário como esse, lançar um produto — um empreendimento caro e incerto mesmo nos melhores tempos — pareceria fazer pouco sentido. No entanto, um novo estudo revela que produtos lançados durante recessões superam outros em várias medidas importantes. Mesmo que as pessoas tendam a limitar os gastos durante as crises, o momento pode trazer vantagens por várias razões: há menos barulho no mercado, o que facilita a diferenciação de produtos e a captação da atenção dos consumidores; o custo de veicular anúncios costuma ser menor; e seguir adiante com novos produtos em meio a uma economia fraca é frequentemente percebido como um sinal de saúde corporativa. Este artigo destaca outros insights importantes da pesquisa e oferece orientações sobre o melhor momento para lançamentos de produtos.

Continuar lendo Deve-se lançar produtos durante uma recessão?

Agora todos somos programadores

A inteligência artificial generativa e outras ferramentas de software fáceis de usar podem ajudar funcionários sem experiência em programação a se tornarem programadores competentes, ou o que os autores chamam de desenvolvedores cidadãos. Simplesmente descrevendo o que desejam em um comando, esses desenvolvedores cidadãos podem colaborar com essas ferramentas para construir aplicações inteiras — um processo que, até recentemente, exigiria fluência avançada em programação. Historicamente, a tecnologia da informação envolvia construtores (profissionais de TI) e usuários (todos os outros funcionários), com os usuários sendo operadores relativamente passivos da tecnologia. Esse modo de trabalho frequentemente significa que os profissionais de TI lutam para atender à demanda de forma oportuna, e surgem problemas de comunicação entre especialistas técnicos, líderes empresariais e usuários de aplicativos. O desenvolvimento cidadão levanta uma questão crítica sobre o destino final das organizações de TI. Como elas vão facilitar e proteger esse processo sem impor obstáculos excessivos? Rejeitar seus benefícios é impraticável, mas administrá-lo de forma descuidada pode ser ainda pior. Neste artigo, os autores compartilham um roteiro para introduzir com sucesso o desenvolvimento cidadão aos seus funcionários.

Continuar lendo Agora todos somos programadores

Por que empreendedores deveriam pensar como cientistas

Em um estudo recente sobre startups europeias, uma técnica consistentemente melhorou o desempenho: o método científico, uma disciplina secular de formular, testar e ajustar hipóteses. Os empreendimentos que o empregaram geraram mais receita do que aqueles que não o fizeram e também foram mais propensos a abandonar ideias inviáveis, algo necessário para empresas em estágio inicial. A chave para mudar de direção é focar não nas suas ideias, mas nas respostas dos seus experimentos, que devem fornecer insights sobre a demanda dos clientes e os pontos problemáticos da indústria. Essa abordagem ajudou a Osense, uma startup focada em tecnologia para rastreamento de emissões de carbono, a encontrar seu modelo de sucesso. Sua primeira ideia era o aluguel de produtos entre pessoas e a segunda era uma plataforma para aluguel de veículos elétricos. Se não tivesse aplicado o método científico, “teríamos acabado com um produto que não era viável”, diz o cofundador Cosimo Cecchini.

Continuar lendo Por que empreendedores deveriam pensar como cientistas

Equilibrando segurança digital e inovação

Os designers de produtos digitais voltados para o consumidor têm tendido a focar na novidade e na velocidade (o famoso “mova-se rápido e quebre as coisas”). Eles dedicaram mais esforço à inovação do que a antecipar como os clientes — e agentes mal-intencionados — poderiam interagir com os produtos. Mas, à medida que os produtos digitais se tornam a principal forma de os consumidores se conectarem com outras pessoas, realizarem pagamentos e armazenarem informações privadas, essa visão precisa mudar. Os autores defendem que as empresas devem incorporar proteções no núcleo de seus produtos digitais — começando desde as fases iniciais do processo de design. Elas também precisam estabelecer um plano para melhorias contínuas e um diálogo com os clientes. O modelo de segurança desde o design pode facilitar a inovação, em vez de restringi-la, ao fornecer uma abordagem fundamentada para o desenvolvimento de produtos.

Continuar lendo Equilibrando segurança digital e inovação

O CEO da Bayt.com fala sobre construir uma cultura da internet onde não havia internet

Nos primeiros dias da internet, o autor estudava engenharia elétrica em Stanford, entusiasmado com as possibilidades da nova tecnologia. Mais tarde, trabalhando no escritório de São Francisco do banco de investimentos Alex. Brown & Sons, ele adquiriu um conhecimento profundo sobre como transformar uma ideia em uma empresa. Obcecado com a ideia de iniciar um empreendimento num país do Oriente Médio (sua terra natal), ele se mudou para Dubai aos 23 anos. Lá, percebeu que os jovens árabes tinham dificuldade para encontrar trabalho, enquanto os donos de empresas tinham dificuldade para encontrar trabalhadores — e decidiu criar um mercado de empregos online para conectá-los. Menos de 1% das pessoas no mundo árabe tinham acesso à internet naquela época, então os clientes precisavam ser instruídos nos menores detalhes do universo online. Isso significava instalar o primeiro navegador da web em muitos de seus computadores, treinar gerentes de RH para acessar a internet e imprimir e entregar currículos pessoalmente. Hoje, com dezenas de milhares de empresas registradas e mais de 36 milhões de candidatos a emprego, a Bayt se expandiu dentro do Oriente Médio e além, oferecendo soluções como sistemas de rastreamento de candidatos, programas de avaliação em vídeo e feiras de eventos virtuais. E, na maior parte do Oriente Médio, a cultura da internet que ajudou a estabelecer está prosperando.

Continuar lendo O CEO da Bayt.com fala sobre construir uma cultura da internet onde não havia internet

O CEO da Canada Goose fala sobre criar uma nova marca de luxo canadense

Depois de trabalhar por alguns anos na empresa de fabricação de casacos de sua família, o autor desse artigo percebeu que casacos de alta qualidade feitos no Canadá poderiam se tornar um produto de luxo no mercado global. Mirando primeiro os consumidores europeus, ele introduziu a marca e depois a promoveu de formas inovadoras, incluindo o fornecimento de roupas para exploradores polares e equipes de TV e cinema que filmavam em locais remotos de clima frio. Talvez o mais importante tenha sido o compromisso com a fabricação doméstica, com a abertura de fábricas em todo o Canadá e centros de treinamento para costureiros. Isso abriu caminho para um crescimento fenomenal e um IPO bem-sucedido. Em 2019 a empresa já possuía lojas em 12 cidades ao redor do mundo e administrava um negócio internacional de comércio eletrônico. No início de 2025 a rede já contava com 70 lojas em todo mundo, após a inauguração em Macau, na China. O foco em oferecer uma experiência excepcional inspirou a criação de “salas frias” nas lojas, onde os clientes podem testar os produtos em temperaturas de até –25 graus Celsius antes de comprar. À medida que a Canada Goose expande organicamente e por meio de aquisições, Reiss afirma que a empresa continuará fabricando seus casacos no Canadá e outros produtos onde conseguir a mais alta qualidade na escala necessária.

Continuar lendo O CEO da Canada Goose fala sobre criar uma nova marca de luxo canadense

Liderando equipes globais de forma eficaz

Gestores ocidentais que lideram equipes globais enfrentam um desafio: sua experiência e formação geralmente estão enraizadas em contextos individualistas e enfatizam valores como autonomia, empoderamento, igualitarismo e autenticidade. No entanto, mais de 70% da força de trabalho mundial provém de culturas coletivistas e hierárquicas. Para ter sucesso, os gestores precisam desenvolver “inteligência cultural” — uma fluência para se adaptar a situações culturalmente complexas. Um bom ponto de partida é compreender quatro erros comuns que prejudicam líderes ocidentais: autonomia em excesso. A autonomia não é igualmente motivadora para todos. Algumas pessoas prosperam quando recebem processos claros e têm dificuldade em ser produtivas na ausência de uma liderança diretiva. Segurança psicológica em excesso. Pessoas de culturas coletivistas muitas vezes se sentem desconfortáveis com a ênfase no debate aberto e na franqueza. Ênfase excessiva nas diferenças. Quando as pessoas ficam excessivamente confiantes na compreensão das diferenças culturais, isso pode levar a um pensamento rígido, em que o comportamento é reduzido a estereótipos. Transparência em excesso. Para pessoas de culturas que valorizam a preservação da imagem, pode ser desorientador ouvir um líder falar abertamente sobre um erro. A inteligência cultural é a chave para navegar essas complexidades em equipes multiculturais.

Continuar lendo Liderando equipes globais de forma eficaz