Apple

Apple é uma empresa multinacional norte-americana que tem o objetivo de projetar e comercializar produtos eletrônicos de consumo, software de computador e computadores pessoais. Os produtos de hardware mais conhecidos da empresa incluem a linha de computadores Macintosh, o iPod, o iPhone e o iPad.

O CEO da Apple Tim Cook em entrevistas recentes à CNBC, Forbes e Information Week (todas em 2023) afirmou que a Apple está investindo agressivamente em inteligência artificial (IA) e que vê a tecnologia como uma “oportunidade fundamental” para a empresa. Veja abaixo algumas de suas declarações a esses diferentes veículos de comunicação.

Para a Forbes, Cook disse que a Apple está usando IA em uma variedade de produtos e serviços, incluindo o Siri, o Apple Maps e o Face ID. Ele também afirmou que a empresa está pesquisando novas aplicações para IA, como na área da saúde e da educação.

“Usamos IA em nossos produtos de maneira bastante abrangente hoje”, disse Cook numa entrevista para a Forbes em setembro de 2023. Se você pensar no Apple Watch, é uma parte da IA que detecta se ocorreu uma queda ou se voce sofreu um acidente, ou mesmo uma fibrilação atrial. Se você está digitando, é a IA que está prevendo a próxima palavra. E assim, há ótimos usos de IA por toda parte. Não rotulamos como tal. Rotulamos como o benefício ao consumidor da detecção de queda ou de um ECG ou detecção de fibrilação atrial, não como ‘impulsionado por IA’ ou algo do tipo.”

Cook já falou anteriormente sobre como a tecnologia é intrinsecamente nem boa nem má. Então, como ele se sente em relação à IA generativa? Surpreendentemente, como não é algo sobre o qual a Apple fala, não é nada novo em Cupertino.

“Estamos trabalhando em IA generativa há anos e realizamos muitas pesquisas. E vamos abordar isso com muito cuidado e pensar profundamente, porque temos plena consciência dos usos não éticos que poderão surgir e dos problemas relacionados ao viés político e à alucinação, e assim por diante. Você sabe, nunca sentimos a urgência de sermos os primeiros, sempre sentimos a urgência de sermos os melhores, e é assim que abordamos isso também.”

Já para o portal The Washington Post, ele falou sobre uma ampla variedade de questões, incluindo realidade aumentada (RA) e inteligência artificial (IA), o futuro do iPhone e a estrela guia da empresa.

Na entrevista, Cook descartou a ideia de que o iPhone, representando dois terços das receitas da Apple, seja problemático, chamando a dominância do smartphone de um privilégio e expressando sua crença de que um dia cada pessoa na Terra terá um smartphone.

Cook também defendeu o progresso da empresa na tecnologia de IA, destacando as capacidades em expansão da Siri, a assistente digital que a Apple lançou em 2011.

A Apple está abrindo a Siri para desenvolvedores de terceiros para que a tecnologia possa ser usada por outras aplicações – como Uber ou Lyft, como Cook apontou – para ajudar os usuários a completar tarefas de maneira mais rápida e eficiente.

No início deste mês, a empresa teria comprado a Turi, uma startup baseada em Seattle e a mais recente aquisição em uma série de aquisições destinadas a fortalecer suas capacidades de aprendizado de máquina e IA.

Quando perguntado sobre a Realidade Aumentada (RA) ou a Realidade Virtual (RV), Cook foi mais cauteloso, referindo-se a ela como uma “tecnologia central”, mas disse pouco mais.

“Acho a RA extremamente interessante”, disse Cook. “Então, sim, é algo em que estamos trabalhando muito atrás dessa cortina que mencionamos.”

Enquanto os rumores continuam a girar em torno do Projeto Titan, amplamente considerado como a incursão da Apple no espaço de veículos elétricos autônomos, Cook esquivou-se da pergunta, afirmando simplesmente que a empresa está envolvida em todos os tipos de projetos de pesquisa e desenvolvimento. Cook disse ao Washington Post:

“Aumentamos a pesquisa e desenvolvimento porque estamos investindo pesadamente no futuro – tanto em linhas de produtos atuais quanto em coisas que não são visíveis, incluindo serviços. Com o tempo, algumas dessas coisas serão visíveis. Mas sempre haverá outras coisas que substituirão aquelas que são invisíveis.”

Cook também estava pronto para admitir erros cometidos até agora (2023) durante seus cinco anos no cargo, incluindo o lançamento desastroso e amplamente zombado do aplicativo de mapas da empresa.

“O Maps foi um erro. Hoje temos um produto do qual nos orgulhamos. [Mas] tivemos a honestidade de admitir que não foi nosso melhor momento e a coragem de escolher outra maneira de fazê-lo. Isso é importante. É a única maneira de uma organização aprender.”

Cook também admitiu que a contratação do ex-CEO da Dixons, John Browett, para administrar as operações de varejo da Apple, foi um erro, que ele chamou de “claramente um erro”.

Como fez no passado, Cook também defendeu veementemente as políticas fiscais da Apple, dizendo que o que a empresa paga e a forma como estrutura suas finanças estão completamente dentro das leis fiscais atuais.

“Sinceramente, acredito que o legislativo e a administração concordarão que é do melhor interesse do país e da economia ter uma reforma tributária”, disse ele.

Além de discutir o iPhone, políticas fiscais e tecnologias de IA, Cook também ofereceu algumas visões pessoais sobre administrar uma das maiores e mais visíveis empresas do mundo, descrevendo o papel de CEO como solitário às vezes.

“A máxima de que é solitário – o trabalho de CEO é solitário – é precisa de muitas maneiras. Não estou procurando por simpatia. Você tem que reconhecer que tem pontos cegos. Todos nós temos.”


Algumas das tecnologias fornecidas pela Apple incluem:

  • o sistema operacional Mac OS X;
  • o navegador de mídia iTunes;
  • a suíte de software multimídia e criatividade iLife;
  • a suíte de software de produtividade iWork;
  • Aperture, um pacote de fotografia profissional;
  • Final Cut Studio, uma suíte de áudio profissional e produtos de software;
  • Logic Studio, um conjunto de ferramentas de produção musical;
  • o navegador Safari;
  • o iOS, um sistema operacional móvel.

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Em maio de 2011, a Apple era uma das maiores empresas do mundo e a empresa de tecnologia mais valiosa do planeta, tendo ultrapassado a Microsoft. Em janeiro de 2012 a Apple passou a multinacional do petróleo ExxonMobil em valor de mercado e passa a ser a maior empresa de capital aberto do mundo.

Fundada em 1 de abril de 1976 em Cupertino, Califórnia, e incorporada 3 de janeiro de 1977, a empresa foi anteriormente denominada Apple Computer, Inc. nos seus primeiros 30 anos, mas retirou a palavra “Computer” em 9 de janeiro de 2007, para refletir a contínua expansão da empresa no mercado de eletrônicos de consumo, além de seu foco tradicional em computadores pessoais.

Por motivos tão variados como a sua filosofia de design estético completo até suas campanhas de publicidade distintas, a Apple estabeleceu uma reputação única na indústria de eletrônicos de consumo. Isso inclui uma base de clientes que se dedica à empresa e sua marca, especialmente nos Estados Unidos.

A revista Fortune classificou a Apple a empresa mais admirada nos Estados Unidos em 2008, e do mundo em 2008, 2009 e 2010. A empresa também tem recebido críticas por seu contratos de trabalho, cuidado ambiental e práticas de negócios.

A história da Apple

Tudo começou quando os jovens engenheiros Steve Wozniak e Steve Jobs, que tinham sido colegas de turma no colegial, vislumbraram a possibilidade de desenvolver e comercializar computadores pessoais. Ambos eram ávidos apaixonados por inovação e interessados em eletrônica. Após a graduação, continuaram amigos e em contato direto, trabalhando em empresas localizadas no Vale do Silício. Jobs trabalhava na Atari e Wozniack na tradicional Hewllet-Packard. Jobs com sua grande visão futurista insistia que ambos, mais Ron Wayne, deveriam tentar vender computadores pessoais. A idéia era desenvolver um microcomputador que pudesse ser menor e bem mais acessível que os modelos desenvolvidos pela lendária PARC. Essa idéia e união resultaram no nascimento da APPLE COMPUTER COMPANY no dia 1° de abril de 1976.

O capital inicial da nova empresa, com sede na garagem da casa dos pais de Steve Jobs, era originário da venda de uma Kombi e de uma calculadora HP. A palavra Apple foi escolhida por três razões: o nome iniciava-se com “A”, portanto apareceria listado na frente da maioria dos competidores; ninguém esperaria uma associação de sentidos de uma maçã com computadores, sendo uma aposta no inusitado; e uma maçã está ligada a uma vida saudável (“an apple a day keeps the doctor away”).

Além do mais, muito acreditam que a maçã desenhada com faixas era uma alusão à marca listrada da poderosa IBM e o pedaço mordido uma clara referência ao pecado bíblico.

Steve Jobs, não queria somente vencer a concorrência no ramo dos computadores pessoais, mas sim, mudar uma sociedade, criar uma nova perspectiva de vida para uma nova geração que estava por vir. A recém-fundada empresa resolveu então colocar no mercado o computador batizado de Apple I, criado e desenvolvido por Wozniack. Porém, os hobistas não levaram o Apple I, vendido por US$ 666.66, a sério e os computadores só decolaram em 1977, quando o Apple II foi apresentado em uma feira de informática.

Primeiro computador a ter o CPU feito de plástico e com designers gráficos coloridos, era uma máquina impressionante e fez muito sucesso. Em meados de 1978, o lançamento do Apple Disk II, o floppy drive mais barato da época, fizeram com que as vendas da empresa disparassem.

Com o aumento das vendas, veio também um aumento significativo da empresa e pôr volta de 1980, quando o Apple III foi lançado no mercado, a APPLE começou a vender seus computadores também para o exterior.

No afã de dar continuidade à revolução que iniciou, Jobs cometeu o que talvez tenha sido seu primeiro erro: mandou seus projetistas eliminarem a ventoinha do Apple III, o que resultou na necessidade de substituir milhares de unidades danificadas por superaquecimento.

Três anos mais tarde, seria lançada uma versão revisada do Apple III, mas a imagem da máquina já tinha sido irremediavelmente arranhada pela falha de projeto do modelo anterior.

Em 1981 as coisas começaram a se complicar. Primeiro, o mercado ficou saturado dificultando as vendas. Depois, Wozniack sofreu um acidente aéreo ficando ausente da empresa e Steve Jobs assumiu o controle. E para complicar o fracasso do computador Lisa, batizado assim em homenagem a filha de jobs.

Era o início de uma grande crise, que culminaria com a saída de Steve Jobs da empresa após feroz desentendimento com John Sculley, CEO da APPLE na época.

Nem o estrondoso lançamento do Macintosh em 1984 foi capaz de conter a crise. De uma hora para outra os computadores da APPLE perderam o brilho e traziam uma interface desatualizada para os padrões da época, com características que desagradavam os consumidores.

Em meados da década de 90, quase a beira da falência, a APPLE começaria a protagonizar uma das maiores reviravoltas no mundo dos negócios, justamente após a volta de Steve Jobs a empresa em 1996.

Com o gênio de volta a marca da maçã iniciou uma sequência incrível de lançamentos de produtos e programas, dentre os quais o iMac (computador cujo gabinete é integrado ao monitor), e mais recentemente o iPod (permitiu que as pessoas transportassem todo o seu acervo de canções no bolso), iPhone (redefiniu a categoria de smartphones ao se mostrar fácil de usar e reunir uma série de funcionalidades de computação e entretenimento em um só aparelho) e o iPad (que consolidou o mercado de tablets e inaugurou a “era pós-PC”), que se tornaram estrondosos sucessos de vendas e revolucionaram o mundo dos computadores e da comunicação, acabando com as inúmeras crises por qual a empresa passou, transformando-a na mais inovadora, e uma das mais poderosas e influentes, do mundo.

Afinal, Jobs soube como nenhum outro, utilizar a tecnologia como um instrumento para influenciar a cultura e satisfazer, muitos diriam até mesmo criar, desejos e necessidades em consumidores de todo o planeta.

E essas maquininhas fantásticas criadas pela APPLE, além de contribuíram para a formação de um estilo de vida conectado, afeito à mobilidade e no qual a informação trafega fácil e rapidamente, colocaram o mundo na ponta dos dedos de milhões de consumidores, que transformaram uma maçã mordida em ícone de adoração, arregimentando uma legião de devotos, aquilo que os profissionais de marketing chamam de evangelizadores da marca.

A crise vivida em boa parte dos anos 90 não impediu que APPLE fosse pioneira ao lançar produtos revolucionários como:

  • a impressora laser PostScript;
  • o Desktop Publishing;
  • a Universal Serial Bus, popularmente conhecida como entrada USB que substituiu diversas outras, se tornando um padrão mundial, e atualmente usada em Pen Drives e MP3 Players;
  • os primeiros laptops com mouse de série e teclados externos (série PowerBook 100, introduzidos em 1991);
  • o abandono do leitor de disquetes (iMac original, introduzido em 1998);
  • o primeiro computador disponível comercialmente a se basear principalmente no USB para a conexão de periféricos (iMac original, introduzido em 1998);
  • e o primeiro laptop com monitor de tela larga (PowerBook G4, introduzido em 2000).

Em junho de 2005, Steve Jobs surpreendeu o mundo da informática ao anunciar que a APPLE estava trocando os processadores PowerPC de seus computadores por processadores da marca Intel. Os primeiros modelos de Macintosh equipados com chips da Intel apareceram à venda no começo do ano seguinte: o MacBook Pro e o iMac, ambos equipados com o processador Intel Core Duo.

A frase da campanha para o lançamento dos novos modelos, bastante provocativa, era: “O que um chip Intel faria dentro de um Mac? Muito mais do que já fez em qualquer PC”. Com o lançamento de dois novos produtos, o Apple TV e o iPhone, durante a MacWorld 2007, a APPLE anunciou a mudança do seu nome de Apple Computers Inc. para Apple Inc.

Esta mudança ocorreu principalmente pelo novo posicionamento mercadológico que a empresa passou a adotar. A empresa, com estes dois novos produtos, e juntamente com o iPod e seus computadores, passou a atuar não somente no mercado de informática mas também no mercado de eletrônicos.

Hoje em dia, MacBooks poderosos, iMacs que carregam toda a potência de um computador dentro do próprio monitor e iPhones cada vez mais versáteis, provam a total capacidade de inovação da empresa. Além disso, a APPLE mostra ao público tecnologias que visam a portabilidade, como o incrível MacBook Air, o iPod nano 3G e o iPad, produtos que provam o poder da empresa no mundo da tecnologia.

Com a morte de Steve Jobs no início do mês de outubro de 2011, a torcida dos fiéis devotos da maçã prateada é de que os homens escolhidos a dedo por ele para seguir com o seu legado, como Tim Cook (para o cargo de CEO), Jonathan Ive (vice-presidente de design e comandante de uma área vital para que os aparelhinhos da inovadora marca façam o sucesso estrondoso) e Phil Schiller (vice-presidente de marketing), tenham aprendido com o mestre não só a hora de ser pragmático, mas, sobretudo, como ser detalhista e visionário.

O desafio agora é mostrar que a APPLE pode manter acesa a chama da inovação, a capacidade de revolucionar o mercado e influenciar a sociedade.


Fonte: Exame.com, Forbes, Wikipedia e canais das empresas citados