Gestão do grupo Positivo no Brasil

Nessa entrevista de 2012, o líder do Grupo Positivo explica seu estilo de gestão; ele quer inovar. Uma história de ousadia, superação e liderança alicerçada em quatro valores fundamentais: o saber, a ética, o trabalho e o progresso. Assim pode ser definida a trajetória do Grupo Positivo.

Em Curitiba, Paraná, a fumaça branca saiu faz tempo. Oriovisto Guimarães, fundador do Grupo Positivo, que fatura R$ 4 bilhões por ano, anunciou o nome de seu sucessor com bem mais antecedência do que fazem os cardeais do Vaticano para definir o novo papa e soltar a simbólica fumaça: seus 9 mil funcionários tiveram dois anos para se acostumar com a ideia de que Hélio Bruck Rotenberg, presidente da Positivo Informática, acumularia a liderança de todo o conglomerado. A passagem de bastão efetiva, no entanto, só ocorreu em março último, quando Oriovisto e seu sócio, Cixares Vargas, foram sucedidos, respectivamente, por Rotenberg e Lucas Raduy Guimarães.

De um dia para outro, a idade média da liderança do Positivo baixou de 65 para 43 anos. O que vai acontecer agora? Afinal, Rotenberg tem um ritmo mais “nervoso”, “gincaneiro” do que o do professor Oriovisto, um admirador confesso de filosofia. E sua ligação é com informática, mais do que com educação.

Nesta entrevista a José Salibi Neto, (HSM), Rotenberg confirma seu dinamismo ao afirmar que vê a inovação como a chave do negócio, mas se preocupa em mostrar que seguirá a máxima do foco de Oriovisto –uma coisa de cada vez.

Oriovisto previa que o processo de sucessão se encerrasse por volta de 2015, mas terminou três anos antes. Por quê?

O Oriovisto decidiu que era chegada a hora; eu tentei postergá-la ao máximo, por considerá-lo um líder único. Esse processo de sucessão foi surpreendentemente tranquilo. Sim, foi feito com calma, sem surpresas ou atropelos, o que é muito bom. Eu ter podido participar das principais reuniões e decisões antes de ter de decidir me deixou bastante seguro para assumir a presidência. Também contei com dez sessões de coaching valiosas.

Esse seu coach foi o Oriovisto?

Esse não, mas Oriovisto sempre foi meu coach. Em 20 e poucos anos de convivência, se não diária, de pelo menos de duas vezes por semana, aprendi muito com o Oriovisto. Aprendi a ter foco com ele, por exemplo. Quando ele montava a universidade, não adiantava eu querer falar de educação a distância, que ele dizia: “Primeiro vou montar a melhor universidade do Brasil; depois trataremos de ter a melhor educação a distância do Brasil. Não vamos cuidar das duas coisas ao mesmo tempo, porque não dá”. Aprendi também como é sua visão estratégica: pare de olhar para o concorrente e aja!

Qual é o papel do Oriovisto agora?

Ele segue como presidente do conselho de acionistas do Grupo Positivo, que funciona nos moldes de um conselho de administração, e também como presidente do conselho de administração da Positivo Informática. Eu continuarei a discutir com ele as questões fundamentais do grupo.

E qual o papel do Lucas, filho dele?

O Lucas é o vice-presidente e vai cuidar do dia a dia do grupo como um todo; formamos um ótimo time ele e eu –já trabalhei com ele na Positivo Informática. Só dá para eu acumular a presidência da Positivo Informática porque existe o Lucas e porque cada uma das três áreas do grupo tem um executivo que a lidera –gráfica, educação e editora. O que eu vou fazer é um acompanhamento estratégico, principalmente, por meio do conselho de executivos, que se reúne uma vez por mês.

Cito aspas suas, de novembro de 2011: “Estou tendo tempo para aprender sobre os pontos fortes e fracos de cada uma das áreas”. Aprendeu muito?

Aprendi muito sobre as empresas e as relações entre elas. Aprendi que o planejamento estratégico que fizemos é bastante sólido e que temos uma equipe fantástica para executá-lo, o que me deixa superotimista em relação ao futuro do grupo.

O fato de ficar fora do eixo Rio-São Paulo, um tanto isolado em relação a outras empresas, incomoda vocês?

De fato, São Paulo tem um ecossistema e um dinamismo maiores do que Curitiba. Mas contornamos isso com muitas viagens, pelo Brasil todo e pelo exterior –no caso da informática, temos escritório em Taiwan, por exemplo, para tentarmos nos aproximar dos mercados desenvolvedores. E há vantagens em estar fora do eixo também: a rotatividade dos profissionais é menor.

Educação segue como core business? O grupo crescerá organicamente?

O grupo tem áreas muito bem definidas e, portanto, tem três core business. Educação por meio das escolas, da universidade e da editora com sua metodologia educacional é um deles; a informática é outro; e há a gráfica, que também é muito grande. Não temos nenhum dogma em relação ao crescimento ser orgânico ou por aquisições; olhamos oportunidades. Sabemos bem que não gostaríamos de ser comprados, cedendo o controle da empresa –tivemos uma investida muito forte da Lenovo para comprar a Positivo Informática em 2008 e recusamos, por exemplo–, mas podemos comprar outras companhias.

Sobre o futuro, fazemos planejamentos de três a cinco anos na informática, que não comporta mais do que isso; em educação, o planejamento se alonga um pouco. O que posso adiantar, como exemplo, é que, desde julho de 2010, trabalhamos com a ideia de oferecer conteúdo e serviços junto com nossos equipamentos por meio do portal Mundo Positivo. Parece muito claro que vender 2 milhões de computadores por ano é algo que nos dá a oportunidade de criar uma comunidade de usuários interessante. Os primeiros produtos com essa visão começaram a sair no fim de 2011; nosso tablet Ypy, que significa “primeiro” em tupi-guarani, já foi lançado pensando nesse conceito de venda de conteúdo atrelado a um excelente hardware.

Como é o líder Hélio Rotenberg?

Minha definição curta de liderança é “decidir e fazer acontecer”. Já a definição longa inclui três aspectos. O primeiro remete à cultura chinesa, em que as palavras “crise” e “oportunidade” se complementam no mesmo ideograma; para mim, um bom líder deve ser como esse ideograma, superando os desafios que lhe são impostos em um momento de crise e enxergando as oportunidades que lhe são dadas para alcançar resultados positivos. Para isso, o que é fundamental? Que o líder seja criativo e inovador.

O segundo aspecto é que a liderança demanda constantes tomadas de decisão. Como nem sempre o gestor conta com todas as informações que considera necessárias e com o prazo desejado para buscar as soluções, ele deve, além de avaliar dados, saber levar em conta seu instinto, baseado em seus anos de experiência e conhecimento de mercado. E é fundamental que o líder alimente seu instinto com atualização e aprendizado constantes.

O terceiro aspecto é que o líder deve saber incentivar ao máximo o desempenho da equipe. Isso requer deixar claro aonde ele quer chegar, inspirar sua equipe e obter a confiança dela, para envolvê-la nos objetivos da companhia. Para tanto, não basta um líder ter carisma; é necessário que ele demonstre ter conhecimento.

Em uma organização de 9 mil funcionários que trabalha com serviços e inovação, a gestão de pessoas é bem estratégica. Quais as prioridades na área?

Creio que o grande desafio de todo líder empresarial atual gira em torno dos melhores talentos do mercado, como identificá-los, atraí-los e retê-los –a disputa pelos bons tende a ficar cada vez mais acirrada. Mas eu acrescentaria mais duas prioridades: também é necessário saber fomentar as características positivas de cada profissional para formar equipes eficientes, ou seja, fazer emergir o talento que cada um tem; e deve-se saber identificar, em cada equipe, quem são os líderes naturais, a fim de desenvolvê-los para que sejam gestores de pessoas também.

Você deixa as pessoas errarem? Dizem que não muito… [risos]

Eu tenho essa paranoia de não tolerar mesmo falhas, minhas ou dos outros; sempre estou na busca da perfeição. Meu medo de errar provavelmente é maior do que deveria ser, algo que poderia travar a inovação se não tivéssemos esses processos de inovação permeando a organização, no caso da Positivo Informática.

São os processos de P&D?

Isso mesmo. A lei de informática é muito inteligente; ela obriga você a investir um valor significativo em P&D [pesquisa e desenvolvimento], para dar a contrapartida de alguma isenção tributária. Talvez não tivéssemos muitos dos produtos que fabricamos hoje se não fosse essa obrigação de desenvolvê-los.

E, tendo a “desculpa” da obrigação, o medo de errar diminui um pouco e a liberdade aumenta. O Portal Educacional, por exemplo, consumiu investimento enorme de pelo menos três anos e ninguém achava que daria dinheiro. E virou um produto sensacional.

Quando ingressou na Faculdade Positivo, em 1988, você imaginou que poderia chegar até aqui? Como foi isso?

Fui fazer um mestrado em informática no Rio de Janeiro e, quando voltei, sem saber bem o que queria da vida, comecei a dar consultoria e aulas de mestrado em informática industrial. Um dia, no final de 1987, vi uma propaganda na televisão sobre as faculdades do grupo. Comentei com meu pai que tinha vontade de dirigir a faculdade de informática, porque eu estava cheio de ideias do mestrado, e ele me apresentou para o professor Fernando Carneiro, que, por sua vez, me apresentou para o Oriovisto.

Quando expliquei meus planos ao Oriovisto, ele disse: “Você foi o primeiro que não falou em bits e bytes. Quanto quer ganhar?”. Ele também gostou do fato de eu não querer ganhar por hora, de eu não estar “contaminado” pelo mercado. Aí eu entrei, dirigi a faculdade por um ano e já apresentei aos sócios do grupo um projeto de fazer uma fábrica de computadores.

E eles caíram da cadeira?

Eles me acharam um louco [risos]. Começou com uma reflexão simples: as mais de mil escolas conveniadas da metodologia Positivo podiam ensinar informática a seus alunos e os materiais didáticos mais adequados para isso eram os computadores. Então, poderíamos fabricá-los e vendê-los para essas escolas junto com a metodologia. Conversei com um dos nossos professores, que era meu amigo, e ele garantiu ser moleza montar computador. Ele me apresentou a um montador de placas de São Paulo e fizemos um plano de negócios para vender 30 computadores por mês a um preço equivalente a R$ 15 mil de hoje. Em maio de 1989, levei aos sócios a ideia formatada e eles a levaram a sério. Só que o presidente Collor assumiu no início de 1990, congelou as mensalidades escolares e acabou com nosso mercado-alvo.

Isso foi bom ou ruim?

Talvez eu deva agradecer ao Collor. O fato de a gente ficar sem mercado abriu um pouquinho nossa cabeça. Entendemos que o governo seria nossa melhor chance, porque esse segmento não compra preço, e sim a configuração aliada ao custo-benefício, e não comprava contrabando. Começamos a vender para o governo do Paraná e depois para o governo de São Paulo e acabamos montando uma rede de representantes pelo Brasil inteiro, ficando especialistas. Em três anos, já éramos um dos três maiores fornecedores de computadores para governos.

Como é isso de não ter marca?

Inicialmente, não tínhamos uma marca conhecida como a das fábricas já instaladas no País. A alternativa seria fazer um preço muito baixo para conseguir competir com o contrabando, que respondia por 70% do mercado na época. Então, só nos restava esse segmento de governo –e as escolas, quando elas recuperaram seu poder de compra, em 1993. Em 1994 lançamos os primeiros softwares educacionais e aí já não se falava em ensinar informática, mas em ensinar com informática, e foi quando dominamos o mercado de tecnologia educacional.

Você não tinha uma experiência prévia de gestor e já saiu fazendo plano de negócios? Como foi a aventura?

Eu tinha sido empreendedor de empresas menores, como um ringue de patinação, mas meu aprendizado foi na prática mesmo. Eu sempre busquei gente que dominasse o conhecimento tradicional de gestão organizacional, que não era meu forte e até hoje não é. Minha visão é muito mais estratégica e comercial do que organizacional. Até fui fazer uma pós-graduação em gestão no Coppead, do Rio de Janeiro [ligado à Universidade Federal do Rio de Janeiro], em uma experiência muito interessante. Mas me cerco de gestores.

Em 2011, Hélio Rotenberg foi eleito pelo jornal Valor Econômico, pelo quinto ano consecutivo, o executivo mais destacado da área de informática e TI no Brasil. Poderia comentar essa performance?

Esse prêmio do Valor é bacana porque o julgamento é feito pelos headhunters, que têm uma visão do profissional e como ele conduz a empresa em diferentes dimensões. Mas, fundamentalmente, acho que o prêmio é mais para a empresa do que para o executivo e a Positivo Informática o merece, sem dúvida, porque não existe outro país grande no mundo que tenha uma empresa nacional na frente das multinacionais em computadores.

E depois que o Brasil se tornou a bola da vez, como o terceiro maior mercado de computadores do mundo, parece que virou uma obrigação dos gestores das multinacionais presentes no País assumir a liderança; então, a competição ficou ferrenha de três anos para cá.

Os executivos da HP, da Dell, da Acer, da Lenovo têm de explicar a suas matrizes por que estão atrás de uma empresa nacional…

Exato. E é gozado, porque há um movimento pendular: alguém diz “agora vou ser líder”, vai lá, baixa o preço e, depois que passa a euforia dos primeiros seis meses, volta para a posição de preço anterior argumentando “agora a gente precisa ganhar dinheiro”.

E como vocês aguentam isso?

Não é uma gestão fácil: cada vez que um dos concorrentes tenta baixar o preço, a gente tem de acompanhar. Então, as qualidades precisam ser ressaltadas e os defeitos, minorados, para operarmos de modo ágil e preciso. Na verdade, nosso crescimento antes era sobrenatural. Entre 2003 e 2010, pulamos de 21 mil computadores vendidos ao ano para quase 2 milhões.

Então, focávamos muito mais a eficiência de entrega, para completar o ciclo da venda, do que a eficiência de custo. Desde que o mercado ficou ultraconcorrido, em 2010, o crescimento passou a um percentual anual de dois dígitos e nos fez olhar mais para dentro.

Se as multinacionais atacam vocês aqui, vocês vão atacá-las lá fora?

Fazemos uma gestão muito estratégica, estudando o tempo inteiro as oportunidades de mercado, seja no Brasil, seja no exterior, e agora mesmo houve uma oportunidade internacional, que foi entrar na Argentina. Fizemos uma joint venture meio a meio com uma empresa de lá para criar a Positivo BGH, montamos fábrica na Terra do Fogo e assumimos a liderança em três meses.

Esse movimento sinaliza uma estratégia de internacionalização à vista?

Obviamente, ter presença mundial é um sonho nosso. Hoje, já exportamos nossa mesa educacional E-Blocks, para ensinar inglês para crianças, a 44 países, incluindo EUA. Estamos consolidando a Argentina e daí vamos pensar em outros, cada um a seu tempo.

Vocês chacoalham as ideias antes de decidir, como nos disse Oriovisto em uma entrevista… Que tipo de gente você gosta de ter na equipe?

Gente aguerrida, fundamentalmente, que tende a planejar pouco e executar muito. Brinco que é gente gincaneira. Aqui em Curitiba, houve por muito tempo uma gincana patrocinada por um clube que envolvia a cidade inteira e cujo prêmio era um carro. Durava um final de semana inteiro e equipes imensas, com cerca de 2 mil pessoas cada uma, precisavam responder a perguntas do tipo: “Quantos metros de altura possui o prédio vizinho ao Kremlin?”. Eu tinha uns 17 anos quando montei uma equipe dessas e sabe quantas vezes fomos campeões? Três.

Para descobrir a resposta, eram dois dias de muita emoção, tensão e trabalho, mas a gente era muito aguerrido. Eu costumo contar essa história aqui e dizer que a diferença é que o clima gincaneiro ficou perene. Vivemos uma gincana eterna na Positivo Informática. E nosso profissional é gincaneiro por definição. Embora seja preciso planejar –e temos os profissionais dedicados a fazer isso–, não podemos deixar as coisas para depois de amanhã.

Como se reconhece um gincaneiro?

Uma coisa simples já o revela: o sujeito está preparado para virar a noite sempre que for preciso ou quer sair às seis horas em ponto todos os dias? Eu me lembro bem de um jovem engenheiro muito bom que trabalhou conosco e eu adorava. Um dia, ele chegou para mim e anunciou: “Vou sair, fazer concurso público e trabalhar num tribunal”. Pego de surpresa, perguntei: “Você está maluco? Vai ganhar quanto?”. Ele respondeu: “Três quartos do que eu ganho aqui”.

Eu argumentei que era bobagem e que ele tinha futuro aqui, mas ele foi sincero: “Eu não aguento essa loucura, preciso poder sair às seis e meia da tarde todo dia”. Lamentei, mas respeitei sua decisão, porque ele foi fiel a sua personalidade, como se deve ser. Nós somos uma organização nervosa que precisa de profissionais aguerridos.

Algumas áreas demandam profissionais mais criativos, outras, gente mais cumpridora, mas todos têm de ser muito aguerridos, gincaneiros.

Em que aspecto a Positivo Informática é melhor do que suas concorrentes?

No conhecimento do mercado. Tentamos conhecer em profundidade tanto nosso canal como nosso consumidor. Com o varejo, desenvolvemos um relacionamento muito legal; fomos pioneiros, em 2003, em levar o computador para os grandes varejistas brasileiros, quando eles vendiam muito pouco de computador –varejo é que dá crédito no Brasil; é fundamental. E somos especializadíssimos no consumidor da classe média brasileira. Também conhecemos muito nossos outros segmentos, empresarial e de governo. E, quando se juntam educação e governo, somos quase imbatíveis.

O que significa essa especialização? E qual o próximo passo nela?

A multinacional traz para cá os produtos que vende no mundo inteiro, sem adaptações, enquanto nossas ofertas são específicas para a classe média brasileira, que estudamos muito. Para você ter uma ideia, nos últimos dois anos, investimos R$ 84 milhões em pesquisa e desenvolvimento. Quando lançamos o PCTV quatro anos e meio atrás, foi um sucesso absoluto e até hoje é o desktop mais vendido do Brasil; nós o formatamos para a família ter uma segunda TV em casa e, ao mesmo tempo, seu primeiro computador. Isso é uma revolução, percebe?

No Natal passado, lançamos os computadores 3D porque sabíamos que a classe média brasileira estava ávida por saber o que era o 3D –e, se TV 3D era um sonho de consumo impossível, um computador 3D ao preço de um 2D cabia no orçamento. Foi um sucesso. Nosso tablet Ypy também é todo customizado para o Brasil. Fomos entender qual era a dificuldade que a classe média teria no iPad com sua multiplicidade de apps e fizemos, na interface, uma organização em cinco telas: uma tem jornais e revistas, outra tem aplicativos, a terceira é de músicas e assim por diante. Você desliza entre elas.

Também abrasileiramos os conteúdos, o teclado e o preço –a partir de R$ 999; fazemos muita pesquisa para escolher o BOM, sigla interna que remete a entender os componentes de cada produto e separar o essencial, cortando o não essencial ou substituindo-o por algo mais econômico. O próximo passo? Iniciamos a avaliação da produção de outros componentes e ainda não sabemos se iremos adiante com o projeto. Chacoalhamos ideias; cada coisa a seu tempo.

Saiba mais sobre Hélio Rotenberg

Alguns amigos brincam de chamá-lo de “Microempresário”, fazendo um paralelo entre ele e Bill Gates, fundador da Microsoft. Mas ele se identifica mais é com Steve Jobs, por sua paranoia com perfeição. Hélio Bruck Rotenberg, novo CEO da holding do Grupo Positivo, além de presidente da Positivo Informática, é engenheiro civil graduado pela Universidade Federal do Paraná (UFPR) e mestre em informática pela PUC do Rio de Janeiro.

Ingressou no Grupo Positivo em 1988 e, já em 1989, atreveu-se a comandar a criação de uma fabricante de computadores que se tornou líder do mercado brasileiro há sete anos. Rotenberg já foi cinco vezes premiado como o “Executivo de Valor” da área de informática e TI, pelo jornal Valor Econômico. Fica lisonjeado com isso, mas gosta de lembrar igualmente que foi tricampeão de gincanas em Curitiba. Sua rotina? Ele não chega muito cedo para trabalhar, mas faz questão de ir até mais tarde e gostaria de sair mais do escritório e circular.


Positivo fecha parceria para intensificar ensino a distância

O Grupo Positivo anunciou em abril de 2014 um acordo com a Blackboard, uma das maiores empresas do mundo do setor de soluções em tecnologia para instituições de ensino. Os detalhes financeiros da operação não foram divulgados.

A parceria entre as duas companhias tem por objetivo fortalecer os negócios da Positivo Informática, Universidade Positivo e a Editora Positivo no segmento de educação a distância. “Estamos muito animados com esse acordo, pois ele permite expandir nosso trabalho e nossa marca no Brasil, e ainda trabalhar com o Positivo que faz a diferença na educação do país”, disse Matthew Small, diretor internacional de Blackboard, em nota.

Para Lucas Guimarães, vice-presidente do Grupo Positivo, a Blackboard atende a mais de 70% das 200 melhores universidades do mundo. “É, portanto, o parceiro a quem unimos forças com a certeza de levar tecnologia de ponta aos nossos alunos”, disse o executivo. Segundo comunicado da empresa, a partir de agora, a Universidade Positivo vai adotar a plataforma da Blackboard para atender alunos e professores.

As soluções da Blackboard estão presentes em mais de 70 países e já é usada por milhões de pessoas. Elas contemplam sistemas de ensino tradicionais e aulas virtuais por meio de conferências on-line. No Brasil, a Blackboard é representada exclusivamente pelo Grupo A Educação, holding de soluções educacionais.


Fonte: Revista HSM Management